Idosos são um importante alvo no mercado de alimentos

domingo, 27 de janeiro de 2013



Embalagens mais fáceis de abrir, rótulos com letras grandes e produtos com menos sal são algumas das respostas da indústria alimentar a um dos segmentos mais fortes que emergem neste sector: o mercado sênior.
“Esta população deixou de ser um nicho de mercado”, afirmou  Lusa Isabel Braga da Cruz, da Portugal Foods.
Os consumidores mais velhos surgem assim como uma oportunidade para a indústria alimentar, que já oferece produtos dirigidos às necessidades específicas desta faixa etária, “mas sem haver ligação a qualquer tipo de limitação”, sublinha a responsável da Portugal Foods, associação de empresas que representam os vários subsetores agro-alimentares. Uma especificidade que passa pela formulação dos alimentos, mas também pelo design das embalagens, “para permitir um melhor manuseamento” e rotulagem simples, clara e fácil de ler.
Tudo isto encarado “numa perspectiva positiva e de um envelhecimento de qualidade, ativo e indulgente, que permita acrescentar vida aos anos em vez de acrescentar anos à vida”, reforça a mesma responsável (revista-fi.com/noticias-18/01/13).





Existem no Brasil cerca de 22,3 milhões de brasileiros com mais de 60 anos  — 53% mais do que em 2000. Essa é a faixa que mais aumenta na pirâmide etária. Os idosos também estão movimentando mais dinheiro. Somente neste ano, seus rendimentos chegarão a 400 bilhões de reais, 45% mais do que em 2007.
"Essas pessoas já criaram os filhos e geralmente não têm dependentes", diz Claudio Felisoni, coordenador do Programa de Administração de Varejo da FIA, que faz pesquisas sobre o comportamento do consumidor da terceira idade em São Paulo. "Parte importante da renda deles é destinada a gastos com o próprio bem-estar" (exame.abril.com.br-19/09/12).
De acordo com matéria da EMEDIX do portal UOL, os idosos frágeis estão sob risco de deficiência nutricional que pode levar a doenças cardiovasculares, declínio funcional e distúrbios neurológicos. O aumento moderado dos níveis de homocisteína e ácido metilmalônico são marcos da deficiência de folato, vitamina B6 ou B12.
Em um estudo publicado na edição de janeiro de American Journal of Clinical Nutrition, conduzido por Ninke De Jong e seus colaboradores, foi feita uma série de intervenções controladas para determinar se o suplemento com alimentos altamente nutritivos, um programa de exercícios ou a combinação de ambos poderia ser benéfico à condição nutricional e ao funcionamento neurológico dos idosos. O enriquecimento dos alimentos pareceu oferecer os benefícios mais tangíveis através da redução das concentrações de homocisteína e ácido metilmalônico.

Para o atendimento das novas necessidades, faz-se imprescindível a compreensão de quem é idoso e de quais são as peculiaridades inerentes às mudanças fisiológicas naturais do envelhecimento, bem como o conhecimento dos desejos e das preferências desse grupo de pessoas e do típico comportamento de compra.

Contribuindo para a composição do perfil do mercado idoso em formação, tem-se a presença de consumidores mais esclarecidos e mais exigentes, decorrente da propagação cada vez maior e mais freqüente das novas descobertas das ciências médicas, notadamente relacionadas à nutrição e à alimentação, aliada à compreensão e à conscientização da enorme influência da dieta e dos hábitos alimentares sobre a saúde e o bem-estar. De forma geral, cria-se um mercado com necessidades peculiares, fazendo surgir novas demandas em turismo, lazer, serviços médicos, construção civil, transporte, vestuário, alimentação etc, tanto em relação aos tipos de produtos como na maneira como são oferecidos.

Especificamente, em se tratando de itens alimentícios, percebe-se uma forte tendência dos consumidores a pagarem mais por produtos que ofereçam uma vantagem nutricional a ser refletida em melhor qualidade de vida. Impressiona a volumosa quantidade de produtos derivados do leite,desenvolvidos e lançados no mercado nos últimos anos, com apelo nutricional e/ou funcional (cienciadoleite.com.br - 30/07/12).

 Ao contrário dos alimentos ingeridos em fase de convalescença, esses produtos não devem focar a recuperação da doença, mas a prevenção de debilidades e fragilidades decorrentes do envelhecimento. A idéia principal é que é muito mais fácil manter-se em forma, com massa muscular e óssea saudáveis, do que tentar recuperá-las após o corpo ter sucumbido à doença.Os consumidores maduros temem e evitem a hospitalização e, sem dúvida, são muito receptivos a produtos que lhes permitam afastar essa ameaça e uma possível perda de independência em um longo prazo.
 Além de atender as necessidades nutricionais, os aspectos de sabor, textura e prazer em comê-los são igualmente importantes para o sucesso de tais produtos. A diversidade de formatos, como shakes, garrafinhas do tipo porção única, pós, sopas em envelopes/saquinhos unitários, barras fáceis de mastigar, e cookies para acompanhar um chá à tarde, é provavelmente a estratégia mais prudente. 
As ofertas devem ser adaptadas a um vasto leque de preferências individuais e estilos de vida, e também incentivar a variedade da dieta.
Não há porque parar apenas nos alimentos, as bebidas também são importantes para esta faixa demográfica. O risco de desidratação é muito mais comum em pessoas idosas por uma série de razões, como por exemplo,o afinamento da pele decorrente do 
envelhecimento aumenta a perda de líquido, os rins tornam-se menos eficientes, levando a perda de mais água durante a micção, além do fato de que o mecanismo corporal da sede torna-se menos sensível . Acompanhe mais detalhes em:
http://www.insumos.com.br/aditivos_e_ingredientes  /materias/173.pdf.





                        (Fonte: citações diretas em texto, Janeiro, 2013.)




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