Os aditivos que devem ser evitados em alimentos infantis

terça-feira, 16 de abril de 2013
Crianças e idosos são mais vulneráveis às reações causadas pelos aditivos abaixo, devido as condições de adaptação (fase de crescimento e desenvolvimento dos sistemas orgânicos) e readaptação (fase de envelhecimento) do organismo. Contudo, os adultos que desejam melhorar sua qualidade de vida e adquirir uma longevidade saudável não devem descartar a chance da prevenção consciente, ao evitar também aquilo que faz mal ao organismo mediante uma analise global do metabolismo durante de vida.






Alguns dos aditivos mais citados que podem causar danos à saude

Glutamato monossódico. Amplamente adicionado em temperos, molhos e salgadinhos. Pode causar reações como:palpitações, dores no peito, dor de cabeça comum ou do tipo enxaqueca.

Xarope de milho (glucose ou frutose). Presente em diversas sobremesas, alguns shakes para emagrecimento, sorvetes, caldas e cremes. Pode causar efeitos como: gordura no fígado, diabetes tipo II, doenças do coração (pela inflamação das artérias).



Gordura TRANS (hidrogenada ou parcialmente hidrogenada). Presente em margarinas, misturas para bolo, bolachas, biscoitos recheados, sorvetes, comidas prontas, doces enlatados, comidas prontas congeladas. Devido à legislação atual, é obrigatório constar no rótulo a presença desta gordura. O corpo humano possui dificuldades para digeri-la, devido à configuração química que possui. Pode causar: diabetes, câncer e ataques cardíacos.


Corantes artificiais . Estão presentes em balas, pirulitos, confeitos diversos para festas, pudins, molhos/cremes prontos, sorvetes, chicletes, chocolates coloridos, algumas medicações, alguns shampoos etc. Estão fortemente ligados a condições clínicas como: hiperatividade infantil, alergias, sinusite e diversas outras síndromes.


Adoçantes artificiais: presentes na maioria dos produtos para emagrecimento, para diabéticos e também em produtos comuns a fim de diminuir as calorias (por porção) do alimento a venda.


1-Aspartame: pode causar efeito indesejáveis no sistema nervoso como convulsões, dores de cabeça, perda de memória, tonturas. Também está ligado ao câncer no sistema digestivo.


2-Acesulfame de Potássio (K): está ligado ao favorecimento do câncer (carcinogênico). No entanto, cerca de 95% do acesulfame-K consumido é excretado inalterado na urina.


3-Sacarina: em 1966, cientistas descobriram que bactérias do intestino humano podiam converter ciclamato em cicloexilamina, substância com potencial tóxico. Estudos já mostraram seu potencial carcinogênico em animais.



Conservantes:  TBHQ, POLISSORBATOS (ligados à infertilidade), BHT, BHA (ligados a problemas renais) e no caso de alérgicos, os BENZOATOS e SULFITOS.



Abaixo, segue uma tabela de corantes NATURAIS que são aceitos na indústria de ALIMENTOS. A torcida para que estes substituam os sintéticos atualmente utilizados é constituída por todos aqueles que procuram na alimentação a real nutrição celular. Mesmo sendo de origem natural, há possibilidades de reações indesejáveis no organismo da criança, embora em menor proporção.


       (Fonte da tabela: site "Mundo da Química".)




Considerações sobe aditivos alimentares

Segundo os autores de um estudo de revisão científica da Escola de Nutrição, Universidade Federal do Estado do Rio de JaneiroMaria Lúcia Teixeira Polônio; Frederico Peres.



Nas últimas décadas, com o acelerado processo de urbanização vem ocorrendo mudanças no modo de vida das famílias e nos hábitos alimentares. A participação das mulheres no mercado de trabalho, reduzindo a disponibilidade de tempo para o cuidado da alimentação da família, maior acesso a uma enorme variedade de alimentos industrializados de fácil preparo e rápido consumo têm contribuído para essas mudanças.
Atualmente, vem se observando que paralelamente ao consumo dos alimentos básicos há a introdução de produtos industrializados, a partir do estímulo do marketing das indústrias, com destaque para o consumo de macarrão instantâneo, achocolatados, iogurtes, biscoitos recheados, biscoitos salgados e refrescos. Os anúncios de televisão estimulam a compra de certos alimentos normalmente de alta densidade energética (sacarose e gorduras trans e saturadas) e de baixo valor nutritivo. 






Além disso, grande parte desses produtos contém aditivos alimentares, principalmente corantes, conservadores e antioxidantes artificiais, que podem trazer riscos à saúde.
Apesar dos escassos estudos sobre consumo de aditivos e efeitos à saúde coletiva, em particular à saúde infantil, a nossa revisão sistemática da literatura apontou a criança como um consumidor potencial de alimentos com aditivos alimentares, nomeadamente corantes artificiais. Também demonstrou que o corante tartrazina tem sido o mais investigado aparecendo em 84,6% dos estudos, sendo avaliado de forma isolada em 45,6% deles. O corante tartrazina é o mais utilizado na indústria de alimentos e medicamentos, portanto, se justifica o grande número de estudos sobre o mesmo. Merece destaque aqui, que outros corantes do grupo Azo como o amarelo crepúsculo e vermelho 40, além dos aditivos conservadores e antioxidantes, também podem provocar efeitos deletérios, sendo pertinente a elaboração de mais pesquisas. (...)



Na literatura, os estudos dietéticos sobre a população infantil priorizam as deficiências nutricionais como a anemia ferropriva, hipovitaminose A, dentre outras, bem como o sobrepeso, obesidade e desnutrição. Agravos à saúde que sob o ponto de vista da saúde coletiva merecem investigação e intervenção precoce. Mas é preciso ter um olhar mais amplo para a saúde e nutrição do pré-escolar, pois diversos alimentos industrializados, que estão compondo cotidianamente a alimentação deste grupo apresentam aditivos alimentares e os mesmos podem provocar efeitos adversos à saúde.
Também é necessária a participação efetiva dos órgãos de regulação na vigilância desses produtos visando à proteção e promoção da saúde.
Enfim, os estudos de consumo de aditivos alimentares deveriam servir de base para a elaboração de estratégias para a vigilância alimentar e nutricional da população infantil, com a finalidade de reduzir o consumo dessas substancias e promover hábitos alimentares saudáveis. Também se coloca o desafio de conhecer a percepção de perigo de crianças e adultos - consumidores desses aditivos alimentares - no que tange aos riscos de ingestão continuada de aditivos alimentares para a saúde. Desafios imprescindíveis para o campo da saúde coletiva.


Amarelo Tartrazina um corante de reações indesejáveis


Estudos realizados nos Estados Unidos e na Europa desde a década de 70 demonstraram casos de reações alérgicas ao corante amarelo tartrazina (INS 102), como asma, bronquite, rinite, náusea, broncoespasmos, urticária, eczema e dor de cabeça. Apesar da baixa incidência de sensibilidade à tartrazina na população (3,8% nos Estados Unidos), foi identificada a necessidade de informar a presença da substância nos rótulos de produtos, pois as reações alérgicas podem ser confundidas com efeitos colaterais ao princípio ativo do medicamento.

Desde 1980 (para drogas de uso oral) e 1981 (para alimentos), o FDA exige que o corante tartrazina seja listado no rótulo de todos os produtos que o contenham, de modo que os consumidores sensíveis possam evitá-lo.
Segundo o National Institute of Allergy and Infectious Diseases, a cada ano mais de 50 milhões de Norte Americanos sofrem de doenças alérgicas, o que representa um gasto anual para o Sistema de Saúde de 18 bilhões de dólares. Especialistas na área estimam que a alergia alimentar ocorre em 8% das crianças com idade a partir dos 6 anos, regredindo até o nível de 1 a 2% nos adultos. Aproximadamente 100 americanos, geralmente crianças, morrem anualmente por anafilaxia induzida por alimentos.

No dia 9 de abril de 2002, com base nas Notas Técnicas da Gerência de Medicamentos Novos, Pesquisa e Ensaios Clínicos (GEPEC) e do Programa de Validação de Processos de Registro de Medicamentos (Programa Z), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou uma Resolução determinando o uso da advertência em medicamentos contendo o corante tartrazina (Amarelo FD&C Nº. 5):“Este produto contém o corante amarelo de TARTRAZINA que pode causar reações de natureza alérgica, entre as quais asma brônquica, especialmente em pessoas alérgicas ao Ácido Acetil Salicílico”.

2-POLONIO, Maria Lúcia Teixeira; PERES, Frederico. Consumo de aditivos alimentares e efeitos à saúde: desafios para a saúde pública brasileira. Cad. Saúde Pública,  Rio de Janeiro,  v. 25,  n. 8, Aug.  2009 .   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2009000800002&lng=en&nrm=iso>. access on  16  Apr.  2013.  http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2009000800002 
3-SCHWARCZ, Joe. Uma maçã por dia, mitos e verdades sobre os alimentos que comemos. Rio de Janeiro, 2008.
4-http://www.anvisa.gov.br/alimentos/informes/30_240707.htm)

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